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Tese de desaceleração do aquecimento global é contestada em novo estudo

por EcoD

O aquecimento global não desacelerou como apontavam alguns relatórios. Um novo estudo com dados atualizados, publicado na quinta-feira, 4 de junho, na revista Science, mostra que seu alcance durante os primeiros 15 anos do século foi pelo menos igual ao registrado na última metade do século passado, informou a agência de notícias EFE.

As novas análises sugerem que “não há um diminuição perceptível na taxa de aquecimento” entre a segunda metade do século 20 – marcado pelo aquecimento devido ao homem – e os primeiros 15 anos do atual século, um período qualificado como de interrupção deste fenômeno.

A tese é defendida em um estudo de Thomas R. Karl, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Nooa), no qual assinala como “evidente” um aquecimento da superfície terrestre de “poucos centésimos de graus Celsius” por década durante este século.

Desde a aparição do fenômeno climatológico “El Niño” em 1998 os cientistas observaram uma aparente redução na tendência de alta das temperaturas na superfície terrestre, à qual se referiam como “interrupção” do aquecimento global.

Contraponto
O quinto relatório de situação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) concluiu que a temperatura média “tinha mostrado uma tendência linear de um aumento muito menor durante os últimos 15 anos (1998-2012) que no período dos 30 a 60 anos anteriores”.

No entanto, os resultados do novo relatório publicado nesta quinta-feira não aprovam a ideia de uma “arrefecimento” no aumento da temperatura média da superfície do planeta.

O fenômeno da “interrupção” inspirou uma série de explicações físicas, incluindo mudanças no “forçamento radiativo” (diferença entre a luz solar absorvida pela Terra e a energia que irradia ao espaço), a absorção de calor pelos oceanos profundos ou mudanças na circulação atmosférica.

Sem atenção
Embora estas análises e teorias tenha “um mérito considerável” para ajudar a entender o sistema climático global, outros aspectos importantes da “interrupção” do aquecimento “não receberam uma atenção similar”, segundo o estudo dirigido por Karl.

Neste estudo, os especialistas empregaram dados corrigidos e atualizados de observações de temperaturas procedentes de milhares de estações de observação meteorológica na terra e também de navios comerciais e balizas no mar.

Aquecimento subestimado
Além disso, graças às recentes melhoras nos dados observados e à existência de outros novos, incluindo o recorde de aquecimento em 2014, a equipe de especialistas voltou a examinar a referida pausa no aquecimento global.

A equipe assinalou que, além das melhoras na observação desde que se apresentou o relatório do IPCC, as análises mostraram que uma cobertura incompleta no Ártico tinha levado a subestimar o recente aquecimento nos dados.

Os analistas sugerem assim, neste novo relatório, que “o arrefecimento do aquecimento foi uma ilusão”.

Matéria do site EcoDesenvolvimento

 

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