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Relatório do Pnuma alerta que África deve priorizar meio ambiente e saúde

por EcoD

O relatório destaca a falta de capacidade para lidar com os efeitos crescentes das mudanças do clima: água, higiene e saneamento inadequados

Matéria do site EcoDesenvolvimento

 

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Foto: Reprodução

Por ONU Brasil

A menos que os líderes africanos priorizem as questões ambientais e de saúde e evitem a degradação de alimentos saudáveis e plantas medicinais, a saúde das pessoas no continente e sua produtividade continuarão a sofrer, adverte um novo relatório intitulado Prognóstico para o Meio Ambiente na África-3 (AEO-3), divulgado na terceira semana de fevereiro pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

“A população da África está crescendo no ritmo mais rápido do mundo e sua economia está se expandindo a uma taxa proporcional, mas ainda não houve foco suficiente no papel das preocupações ambientais desempenhadas para garantir o bem-estar dos cidadãos deste continente”, afirmou o diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner.

Os riscos ambientais contribuem para 28% das doenças na África, de acordo com o documento. Diarreias, infecções respiratórias e malária representam 60% dos impactos ambientais para a saúde no continente.

Encomendado pela Conferência Ministerial Africana sobre o Meio Ambiente (Amcen), um fórum permanente que se reúne a cada dois anos, o relatório do Pnuma destaca as questões emergentes e tendências relacionadas ao meio ambiente na África e propõe mudanças de política em nível nacional, regional e global.
Entre as conclusões do estudo está a de que a questão do ar poluente é uma ameaça em áreas rurais pobres, onde o acesso restrito a fogões e combustíveis mais limpos provoca impactos significativos para a saúde. A poluição do ar em todo o continente pode ser até 30 vezes maior do que os limites estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O relatório também destaca a falta de capacidade para lidar com os efeitos crescentes das mudanças do clima: água, higiene e saneamento inadequados, além das práticas de descarte dos resíduos. Em 2010, apenas 60% da população da África subsaariana tinha acesso a água potável.

Outras questões destacadas incluem o impacto negativo da degradação de bens e serviços da saúde, tais como alimentos e plantas medicinais que foram disponibilizados por terra e pela biodiversidade marinha. Por exemplo, 80% da população rural da África depende de medicamentos tradicionais colhidos da natureza.

– Conheça o relatório na íntegra (em inglês) – 

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