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Umidade dentro da composteira é um fator muito importante (veja dicas)

por EcoD

Quando fazemos compostagem em casa, devemos nos atentar a alguns fatores que influenciam todo o processo. Se tais condições não estiverem reguladas, o ambiente dos seres decompositores é desfavorecido, reduzindo sua eficiência e podendo causar a morte dos mesmos.

Antes de mostrar qual a influência que a umidade tem sobre o processo, é imprescindível saber quais são todos os principais fatores:

– Relação Carbono e nitrogênio: todos materiais possuem uma determinada quantidade de C/N e a regulagem dessa proporção é importante para os seres vivos decomporem a matéria orgânica;

– pH: se estiver regulado, o composto terá melhor qualidade e o processo maior eficiência;

– Aeração: ar dentro da compostagem é essencial para os organismos, garantindo reações de oxidação e oxigenação no processo, além de também ajudar a regular o pH. É um dos fatores mais importantes e pode ser feita através de revolvimento do composto;

– Temperatura: se estiver alterada, é sinal de que outros fatores estão desregulados (relação C/N, pH e umidade). É um fator indicativo do equilíbrio biológico e reflete a eficiência do processo. Importante para a reprodução das minhocas e limitante para a morte das mesmas. No início, pode se situar entre 40 ºC a 60 ºC, não podendo ultrapassar os 65 ºC.

Umidade

Na compostagem, os micro-organismos são necessários para a degradação da matéria orgânica e a água é fundamental para a atividade e vida deles. Na vermicompostagem, junto com os micro-organismos, existe a ação das minhocas que fazem sua respiração através da pele, deste modo, para sua sobrevivência, devem existir teores adequados de umidade.

Se a pele da minhoca estiver seca, isso causará a sua morte. Portanto, o seu habitat dentro da composteira deverá proporcionar retenção e absorção adequada. Com exceção do fator temperatura, nenhum outro fator determina tão rapidamente a morte das minhocas quanto a falta de umidade.

Teor de umidade

O valor do teor de umidade do solo refere-se à quantidade de água absorvida nele e é um dos parâmetros que devem ser monitorados durante a compostagem para que o processo se desenvolva satisfatoriamente. Para monitorar precisamente este teor, existem no mercado aparelhos medidores de umidade do solo. São de simples utilização e também medem pH e luminosidade. Contudo, é possível verificar o teor de umidade apertando um punhado da mistura e, se escorrer líquido, significa que o teor está alto.

Em relação aos valores de umidade, estudos indicam que, para o ambiente das minhocas, o valor deve situar-se entre 70% e 90%, mas na caso da vermicompostagem, valores maiores que 65% fazem com que a água ocupe os espaços vazios do meio, impedindo a livre passagem do oxigênio. No que diz respeito ao valor ótimo do material a ser compostado, estudos indicam que deverá ser de 50% a 60%, o que pode variar dependendo, essencialmente, do estado físico e do tamanho dos restos de alimentos.

Valores baixos (de 45% a 50%) são limitantes para o processo, pois quanto menor, mais lento ficará devido à inibição da atividade biológica. No composto, o teor ótimo de umidade, de modo geral, situa-se entre 50% e 60%.

Por fim, na prática, verifica-se que o teor de umidade depende também da eficácia da aeração e das características físicas dos resíduos (estrutura, porosidade). Então, para que o processo ocorra devidamente, a taxa de umidade está entre 45% e 65%.

Ajuste da umidade

Pode ser feito pela criteriosa mistura de componentes úmidos ou pela adição de água. Alguns componentes que retêm de 70% a 80% de água são o próprio lixo cru e restos de cultura. Palhas e outros materiais fibrosos retêm de 50% a 60%.

À medida em que a matéria orgânica se umidifica, aumenta também sua capacidade de retenção de água, mas se o resíduo a ser compostado ou todo o material orgânico dentro da composteira estiver muito úmido, existem algumas medidas que podem ser tomadas:

– Deixar o resíduo secar antes de ser adicionado a composteira;
– Reciclar o material já compostado e seco;
– Adicionar e misturar material volumoso absorvente e seco como serragem e cascas de árvores (de tamanhos reduzidos). Esses materiais irão reter parte da umidade;
– Promover aeração através de revolvimento das leiras.

Porém, como há perda de água devido à aeração, em geral, o teor de umidade do composto tende a diminuir ao longo do processo.

Fique sempre atento à composteira e aos indícios de parâmetros alterados; sempre revolva e coloque materiais cortados. Se você ainda não realiza essa prática, adquira uma composteira doméstica na loja virtual e confira o passo a passo no nosso guia de compostagem.

Foto: Thinkstock

(Via eCycle)

Matéria do site EcoDesenvolvimento

 

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