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Soja transgênica

por Universo Jatoba

Alimentos transgênicos são aqueles geneticamente modificados em laboratório com a intenção de melhorar ou oferecer novas características. Hoje o Universo Jatobá fala especificamente da soja transgênica a pedido do leitor Gregório Bispo. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), o Brasil é o segundo maior produtor e exportador de soja do mundo. E as lavouras não param de crescer. Segundo a consultoria Céleres, a safra 2013/2014 deve cobrir 26,9 milhões de hectares, o equivalente a 92,4% da estimativa de área plantada para a oleaginosa no Brasil. A soja transgênica pode ter diversas características que variam de acordo com o gene introduzido, entre elas: ser resistente a herbicida, insetos ou até conter um alto teor de ácido oleico, que é benéfico para a saúde.

A soja modificada tem exatamente a mesma aparência da tradicional e a mais comum, segundo o Embrapa, é uma que recebeu por meio de técnicas da biotecnologia, um gene de outro organismo capaz de torná-la tolerante ao uso de um tipo de herbicida, o glifosato, usado para limpar a área de cultivo ou para o controle de ervas daninhas.

Para o produtor, existem benefícios, como a redução do custo de produção, além de facilitar o manejo e aumentar a produtividade. Já para o consumidor, tudo depende do gene implantado, mas, no geral, ele consome um produto com uma qualidade diferenciada, com um óleo melhor, maior teor de açúcar e de proteínas, por exemplo.

No entanto, os transgênicos aumentam o risco de desenvolver reações alérgicas e também ameaçam a vida das plantas naturais, pois a produção é mais fácil e, portando, elas podem ser eliminadas. Além das reações alérgicas, os alimentos transgênicos podem trazer alguns riscos para a saúde. Para verificar se o processo da biotecnologia deu certo, é preciso inserir genes chamados de marcadores de bactérias resistentes a antibióticos. Isso, aliado à ingestão, pode reduzir ou anular a eficácia de medicamentos antibióticos.

Existem também plantas e animais que têm substâncias tóxicas para se autodefender de seus inimigos naturais. Ocorre que se o gene dessas plantas ou animais for inserido em um alimento transgênico, o grau de toxina aumenta muito e pode trazer danos à saúde. Quando os genes são resistentes aos herbicidas, também há um problema, pois aumenta muito a quantidade necessária para o cultivo. Com isso, o alimento vem com uma maior quantidade de resíduos tóxicos, que também ameaçam espécies benéficas para a cadeia alimentar, como as abelhas e minhocas.

A sua maior resistência à praga acaba por aumentar a durabilidade na estocagem e também no armazenamento. Para muitos especialistas, esta é a forma de erradicar com a fome. Desde 2004, a Anvisa autorizou o aumento em cinquenta vezes do limite de glifosato permitido em alimentos à base de soja. Quem regula todas as atividades que envolvem os transgênicos e seus derivados é a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. 

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