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Quênia prevê atender 30 milhões de pessoas com fontes de energia solar

por Universo Jatoba

Usando fontes de energia solar, moradores da região do Lago Vitória, no Quênia, uma das áreas mais pobres do planeta, podem agora abastecer lâmpadas LED, luminárias e outros dispositivos elétricos, como celulares. Trata-se do projeto ‘Energia para todos’ ou ‘Umeme Kwa Wote’, em suaíle. A iniciativa prevê atender 30 milhões de pessoas sem acesso à rede elétrica.

Nos próximos meses serão entregues cinco novas estações de energia solar, que se somarão a outras três já instaladas na área. Estima-se que cerca de 67 milhões de toneladas de dióxido de carbono deixam de ser lançadas anualmente na atmosfera, com o fim da queima de querosene para obter luz.

Em discurso durante uma conferência no Quênia, o diretor executivo da ONG Global Nature Fund, Udo Gattenlöhner ressaltou que “nos países em desenvolvimento onde não há investimento para a instalação de uma rede de energia elétrica, soluções de energia solar podem preparar o terreno para um futuro melhor”. A ONG é uma das parceiras, junto com a Light For Life e a multinacional alemã de iluminação, Osram, para o desenvolvimento do ‘Energia Para Todos’.

Na maior parte dos casos, mais de 30% da renda familiar chegava a ser gasta em querosene. A população rural do Quênia paga cerca de US$ 8 por quilowatt-hora pela iluminação a querosene. Com a novidade, a população pode alugar lâmpadas movidas pela energia solar via um depósito nominal de 15 euros, sendo que a organização ambiental local Osienala oferece microcréditos a fim de fornecer o dinheiro para o depósito.

O projeto também melhora a qualidade de vida dos moradores da região, oferecendo água limpa, inclusão social, por meio da conexão com a internet, e programas de capacitação. A estação de energia solar tem um modelo combinado com um sistema de purificação de água potável que utiliza picos de energia para tratamento de água. Com isso, é possível reduzir os índices de cólera e disenteria. Segundo a Unicef, 4,5 mil crianças morrem diariamente por beberem água contaminada.

Estima-se que cerca de 1,6 bilhão de pessoas em todo o mundo ainda vivam sem eletricidade, porém ações como esta, que não agridem o meio ambiente e são de baixo custo, trazem uma boa perspectiva para os próximos anos.

O Quênia é o país que ocupa a 145ª colocação no ranking mundial do Índice de Desenvolvimento Humano, entre 187 nações analisadas pelas Nações Unidas no ano passado. A expectativa de vida no país africano é de apenas 57,7 anos. O Brasil está na 85ª posição no ranking.

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