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Destinação das embalagens de defensivos: Um exemplo do Brasil para o mundo

por Universo Jatoba

Você sabe como anda a reciclagem de resíduos nas cidades do Brasil? A passos de tartaruga! Em pleno vigor do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, que incentiva a reciclagem de todo tipo de lixo – o de casa, das ruas, da indústria e do comércio – nem 20% dos municípios brasileiros implantaram seus programas de coleta seletiva. E as cidades que criaram um plano, poderiam reciclar muito mais do que fazem hoje.

Se você quer ver um exemplo de sucesso em termos de reciclagem, pegue o caminho da roça. Isso mesmo! É no campo que o Sistema Campo Limpo consegue um recorde mundial: dar um destino ambientalmente correto a 94% das embalagens de defensivos agrícolas Um índice que coloca o Brasil no topo, como referência no assunto. À frente de países como a França, que destina 77%, e do Canadá, com 73%. Este excelente resultado  reforça o desafio atual de tornar todo o Sistema autossuficiente, gerando soluções econômicas, sociais e ambientais para a sociedade.

O segredo da liderança está no compromisso de todos pela preservação ambiental. E o programa começou como manda a lei.

 

Todas as indústrias fabricantes e/ou registrantes de defensivos tem o dever de promover correta destinação das embalagens vazias dos seus produtos. Para que essa obrigação fosse devidamente cumprida, foi criado o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), núcleo de inteligência do Sistema Campo Limpo.

A ideia era integrar toda a cadeia, disseminando o conceito de responsabilidade entre os diferentes elos que atuam no processo, ou seja, desde a produção e venda de defensivos agrícolas, uso e devolução das embalagens vazias dos produtos pelos agricultores às unidades de recebimento até a destinação ambientalmente correta, reciclagem ou incineração.

E deu certo, depois de muitas campanhas de educação e conscientização promovidas pelo inpEV, com participação do poder público, ao longo de 13 anos. Unidas, mais de 100 empresas atualmente associadas ao Instituto já conseguiram retirar do campo cerca de 330.0000 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas.

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Desafio econômico-financeiro

Cerca de 80% do total de recursos aplicados pelo Instituto têm origem nas contribuições das empresas associadas, enquanto o restante são recursos gerados pelo próprio Sistema. Boa parte dessa receita é causada pelo fechamento do ciclo de vida das embalagens de defensivos agrícolas dentro da própria cadeia: a partir da resina reciclada das embalagens pós-consumo, novas embalagens de defensivos agrícolas são fabricadas pela Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos, uma empresa associada do Sistema.

 

Outras recicladoras parceiras juntam sua receita gerada à do Sistema com a meta de transformar esses recursos em abatimento nos investimentos das empresas associadas, objetivando a autossuficiência econômica de todo o processo.

“Um dos principais desafios previstos no planejamento estratégico do inpEV consiste na busca da autossuficiência econômica do Sistema por meio de dois direcionamentos: o aumento da receita pela agregação de valor e a redução dos custos pela adoção de modelos eficientes que aumentem a produtividade”, reforça o diretor-presidente do inpEV, João Cesar M. Rando.

Foco em excelência

A eficiente gestão dos processos e o desenvolvimento de sistemas de informações orientam a tomada de decisão com foco na redução de custos e no aumento de produtividade, contribuindo para a geração de valor para o Sistema. São exemplos o agendamento eletrônico de devolução de embalagens vazias; o sistema de logística, que permite a otimização dos custos dos fretes para o transporte do material; e o desenvolvimento de uma metodologia para implementar recebimentos itinerantes, ampliando a capilaridade do recebimento das embalagens.

Sustentabilidade na prática

Falar de sustentabilidade é falar de um conceito amplo que correlaciona aspectos econômicos, sociais e, claro, ambientais . O Inpev tem conseguido alcançar o equilíbrio desse tripé.

O programa gera 1.500 empregos diretos e influencia  mais de 1 milhão de pessoas, que  se envolveram diretamente em ações educativas promovidas pelo Sistema. Outro fator importante é a conscientização dos agricultores, que contribui para que 94% das embalagens primárias comercializadas tenham destino ambientalmente correto, ajudando o meio ambiente e sua conservação.

 

O sistema Campo Limpo é um exemplo não só para os municípios brasileiros. Inspira o mundo todo a tomar o caminho certo da Sustentabilidade.

http://bit.ly/1LTQ18s


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