
Rosana fala sobre a crise da água no programa do Justus
Antes de gravar o programa do Roberto Justus sobre a crise hídrica, conversei com a Beatriz, talentosa repórter do site R7. Ela perguntou se eu já havia sofrido discriminação em São Paulo por ser nordestina. O tema é propício diante do cenário político e ainda muito controverso.
Aproveito para te convidar a ler a crônica ” O insustentável preconceito do ser”, que está no meu livro “Questão de Pele” , e refletir sobre nossa postura diante desse mal que só nos constrange e envergonha.
O programa Roberto Justus + do último domingo (22), contou com a participação de Rosana Jatobá. A jornalista debateu sobre a crise hídrica que tem assolado São Paulo nos últimos meses. Além disso, Rosana também falou com exclusividade ao R7 e revelou que já sentiu preconceito por ser baiana * Beatriz Brezzan, estagiária do R7
A jornalista revelou que passou por situações de preconceito pelo fato de ser nordestina, mas que nunca se deixou abalar por isso
Quando cheguei aqui em São Paulo, 15 anos atrás, eu ouvia muito as pessoas imitarem o meu sotaque, mas sempre de uma forma aparentemente carinhosa, e eu nunca deixei que isso me abalasse ou que de alguma forma influenciasse na minha autoestima.
Pelo contrário, isso sempre serviu para que eu reforçasse as minhas raízes e me sentisse orgulhosa por ter nascido na Bahia e ser nordestina
Rosana relembrou os movimentos pós eleitorais que pediam a separação entre Sudeste e Nordeste.
Recentemente, por conta das eleições houve um movimento no Sul e no Sudeste — não exatamente um movimento porque eu acho que foram manifestações pontuais, mais restritas — de pessoas se manifestando contra a posição politica dos nordestinos e aquilo de alguma maneira me decepcionou muito.
Eu acho que isso diz muito sobre a falta de evolução da sociedade, do quanto a gente ainda precisa caminhar para entender que todos somos iguais, que temos que respeitar a diversidade, temos que ter tolerância!
Então isso me entristece, mas eu não perco a esperança! Eu acho que isso é uma questão de tempo, as novas gerações já veem com um outro olhar, sabendo que é preciso respeitar as diferenças.
Para finalizar, Rosana afirmou que o preconceito existe, mas que ainda assim, ela foi muito bem recebida quando chegou em São Paulo — Eu me senti muito acolhida no meio em que eu vivo e quando eu cheguei aqui em São Paulo!
Galeria (Reprodução/R7)
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