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Chinesa grávida cria alternativas para respirar ar puro

por Universo Jatoba

Já pensou viver em um lugar em que a poluição é tão densa que atrasa voos de aviões? Imaginou aulas sendo suspensas, devido à quantidade excessiva de poluentes no ar? Essa é uma realidade não muito distante e que faz parte do cotidiano dos chineses. No ano passado, o índice registrou o pior nível em 52 anos, segundo o Ministério da Proteção Ambiental do país asiático.

Em fotos e noticiários referentes à nação é comum vermos a população usando máscaras de tecido, que – apesar do crescimento das vendas e da vasta publicidade – não são aconselháveis para filtrar poluentes nocivos. Grávida de oito meses, Xiaoxia Liu, de 27 anos, encontrou uma forma de respirar ar puro em Pequim. Provavelmente Xiaoxia deve ter se desacostumado ao ambiente da capital chinesa, já que morou em Londres por mais de um ano, durante a época em que fez mestrado. Xiaoxia foi além das máscaras de tecido: para proporcionar boas condições para o bebê em formação, a moça passou a usar um respirador, aparelho que filtra o ar.

Os riscos de altos níveis de partículas poluentes para grávidas são significativos, segundo diversas pesquisas. Estudos internacionais mostram que o contato com a poluição pode fazer com que o bebê nasça abaixo do peso ideal e pode afetar a inteligência da criança no longo prazo. Um estudo da Universidade de Columbia, dos Estados Unidos mostra que a exposição das grávidas às concentrações de poluentes também pode dobrar as chances dos seus filhos terem obesidade até os sete anos de idade.

A máscara que filtra o ar proporcionou a Xiaoxia uma melhor qualidade de vida. “É como respirar profundamente nas montanhas”, disse. O filtro notadamente muda significativamente de cor após apenas um mês de uso. Sem o contato com a poluição, é branco; depois de 30 dias, a cor se torna cinza. Dizendo-se surpresa em perceber como o ar poderia ser tão limpo em Pequim, a mulher também fez outras adaptações no cotidiano. No apartamento do 15º andar, as janelas permanecem constantemente fechadas e a família já considera comprar um gerador de oxigênio. Xiaoxia diz que às vezes se sente como um rato de laboratório em um ambiente como esse.

Ela não é a única. Em fevereiro, Li Guixin entrou para a história ao se tornar a primeira pessoa a processar o governo por não reduzir a poluição do ar. Li disse que gastou dinheiro em máscaras faciais, purificador de ar e em uma esteira para fazer exercícios dentro de casa.

Xiaoxia e Li têm desejos comuns: querem um mundo melhor para as gerações futuras, sem ter que usar máscaras ou máquinas purificadoras. “Estou fazendo de tudo que posso para respirar ar puro, mas se você quer ficar nesta cidade, tem que ter paciência e suportar o ambiente – não tem saída”, conclui.

 

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