
8 bons motivos para amamentar o bebê até os 6 meses
Leite materno é vida! Pode acreditar: ele é insubstituível , fundamental para a criança crescer com saúde e deve ser um alimento exclusivo durante os primeiros seis meses de vida do bebê, quando outros alimentos começam a ser incluídos na dieta. Mesmo assim, no Brasil, 90% das crianças são amamentadas inicialmente, mas apenas 6% continuam exclusivamente com o aleitamento materno até os dois meses de idade.
O dado é preocupante já que, de acordo com a Unicef, quase metade das mortes de crianças menores de um ano ocorre na primeira semana de vida por falta do aleitamento materno. O ato fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho, protege e estimula o desenvolvimento da criança, mas não é só isso. Confira mais 8 bons motivos e esclarecimentos para amamentar o seu filho corretamente:
1 . Um dos passos mais importantes para ter uma amamentação bem estabelecida é o aleitamento na primeira hora de vida do bebê. “A criança que conhece outro bico ou que recebe outro alimento apresenta dificuldade em abocanhar o peito e garantir uma mamada satisfatória”, afirma a Dra. Marisa da Matta Aprile, pediatra e presidente do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP).
2 . São poucas as situações em que há restrição para a amamentação, sendo elas: o soro positivo de HIV, câncer recente e distúrbios psiquiátricos graves. A avaliação deve ser feita pelo médico durante o pré-natal ou por exames no momento do parto.
3 . A adaptação do horário e da quantidade deve ser definida sempre pela criança. O suporte e aconselhamento podem ser feitos pelo médico ou em bancos de leite humano.
4 . Muda a estética da mama? Pela falta de informação, as mulheres não sabem como lidar com o aumento e o inchaço do peito. Explicar os cuidados com o local e como deve ser feita a massagem para evitar a deformação é um papel do médico tanto nos serviços de saúde da rede pública como em consultórios particulares.
5 . A amamentação tem importância fundamental na redução de infecções para o bebê e menor incidência de câncer do colo de útero, mama e ovário para a mãe.
6 . A amamentação reduz os riscos de obesidade, hipertensão e diabetes da criança na fase adulta.
7 . O leite materno atua contra as leucemias linfoides e intolerância ao glúten, além de prevenir alergias alimentares, asmas, doenças alérgicas, diarreias, otites, diminuição no tempo de internação e da gravidade da bronquiolite.
Leite Materno e o DHA
O DHA contido no leite materno é frequentemente apontado como responsável pela relação causal entre aleitamento materno e QI (quociente de inteligência) mais alto. Estudos demonstram que é importante fortalecer a suplementação de DHA a partir do último trimestre de gravidez, quando ocorre um crescimento importante do bebê, até os cinco primeiros anos de vida.
Durante a gravidez, o DHA tem efeitos positivos relacionados à prematuridade e baixo peso ao nascer, como evidenciado no estudo “DHA supplementation and pregnancy outcomes” (Os resultados da suplementação de DHA e gravidez) liderado pela Dra. Susan Carlson, na Universidade de Kansas, nos Estados Unidos.
“A prematuridade é a principal causa de mortalidade neonatal e morbidade neurológica de curto e longo prazos, e representa um problema de saúde importante, com custos econômicos e sociais significativos para famílias e governos,” salienta o Dr. Mário Cícero Falcão, pediatra e nutrólogo, professor da Faculdade de Medicina da USP.
Consumo de DHA
Segundo a Organização Mundial de Saúde, é recomendado o consumo diário de 200 a 300 mg de Ômega-3 do tipo DHA por dia durante a gravidez e lactação. O nutriente é encontrado naturalmente em peixes gordurosos de águas salgadas e frias, como salmão, bacalhau, atum, arenque, sardinha, cavala e algas, a partir das quais estes peixes se alimentam. Outra opção é a suplementação. Neste caso, converse com um especialista.
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