Não ao desperdício!
Literalmente dezesseis pedaços de madeira reaproveitada foram utilizados na bancada da foto.
A madeira a que me refiro não é a de demolição, que tem valor alto e proibitivo. E sim, a reaproveitada mesmo! Pedaços descartados de obra, madeira boa, porém, que teria como destino final o “trash”.
Temos enorme liberdade estética em nossa essência brasileira, que nos possibilita testarmos os mais diversos materiais, nos mais diversos ambientes.
Dispomos de materiais incríveis e inadvertidamente descartados. Na foto, retalhos de vidro transformam-se em bases sofisticadíssimas e de profundo apelo estético, quando em contraste com a madeira.
Espelhos quebrados nos possibilitam recortes e colagens, conferindo personalidade e sofisticação ao ambiente. Pode-se produzir um banho, como este da foto, digno de capa da Vogue, com um punhado de reais, que se pode ganhar limpando piscinas. E claro, sem nenhum demérito sócio-econômico à esta profissão, até mesmo por que o meu piscineiro me visita guiando um Jetta…e zero.
Aliás, penso que seria melhor dizer que: “É possível produzir um banho como este com o dinheiro que se pode ganhar cortando grama”. Voltando ao meu piscineiro, ele sabe reaproveitar materiais e tem consciência ecológica. Uma de suas últimas, foi produzir um meio de limpar o Deck da piscina, utilizando uma Vap sem consumir energia e sem desperdício de água.
Não, não me perguntem…é segredo, ele não me conta como fez, nem mesmo se eu ameaçar riscar o Jetta…
Dennis Salim é arquiteto e urbanista, atua na área de arquitetura de interiores. Ministrou cursos de cenografia e atuou como cenógrafo e diretor de teatro.
Dennis Salim escreve às terças-feiras aqui no Universo Jatobá.
Deixar um comentário