Universo Jatoba

Não é um ataque às faraônicas grifes de hotéis, onde quanto maior, mais candelabros de cristais e um número infindável de bares e piscinas, que têm o exato valor somado à diária. Mas, na imagem aí, que recortei do site do “Le A”, em Paris, hotelzinho boutique-design, tudo de bom, mostra como é simples impressionar. E ainda está a 500 metros da Champs Elysées, vocês sabem quão “chic” isto significa, né?

Instalado em uma edificação do Século 19, cheio de charme, respeitando a história absurdamente clássica do prédio, o “Decorator”, apelido que eu dei a nós da classe, deu um SHOW de estilo!

Não se deixou afetar pela incumbência de produzir um hotel design na cidade luz – eu me deixaria. E com toques extremamente sutis, conseguiu nos dar tudo: aconchego, sofisticação, modernidade e, como a França se orgulha, mostrou “Savoir Affaires”.

Aula de aproveitamento de espaço visual. Olhem só este lounge: precisa ser enorme? Cheio de mármore? Não! Uma luminária “descolada”, um gazebo envidraçado, um tecido para amansar a luz natural, cor nas bebidas, comida boa e só…

Aha, ia esquecendo. Perguntei até ao Pierre, nome fictício do gerente, pois não lembro o nome do ditto, sobre o quadro esticado na parede conferindo amplitude ao espaço, adorei a dica. Foi pintado por um artista que ele não sabe quem é.

 

Dennis Salim é arquiteto e urbanista, atua na área de arquitetura de interiores. Ministrou cursos de cenografia e atuou como cenógrafo e diretor de teatro.

Dennis Salim escreve às terças-feiras aqui no Universo Jatobá.