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Jardins Verticais

por Ivana Jatoba

Depois dos tetos verdes se disseminarem nas coberturas dos prédios das metrópoles ao redor do mundo como uma ótima solução sustentável no combate ao calor e ao efeito estufa, chegou a vez dos jardins verticais. E aqui no Brasil, a cidade de São Paulo sai na frente com esta inovação. Quem assistiu ao telejornal Bom dia SP no dia 07 de maio sabe do que estou falando. Foi noticiado que os condomínios localizados perto do Elevado Presidente Costa e Silva (conhecido como o Minhocão) já podem pedir os jardins verticais para a Prefeitura de São Paulo. São 140 prédios que devem ganhar plantas em suas paredes “cegas” (sem janela ou outra abertura). O decreto já foi publicado no Diário Oficial do município.

E as vantagens para os edifícios que adotarem estes jardins são muitas: as plantas instaladas nas paredes reduzem em até 7 graus a temperatura interna dos imóveis, ajudam a filtrar os poluentes do ar, diminuem o ruído externo, e ainda contribuem para a estética local. Sem contar que casas também podem aderir ao método. Resumindo, os jardins verticais proporionam beleza, ar puro, conforto térmico e acústico aos usuários. E tudo isso a baixo custo.

A técnica para a instalação dos jardins verticais é relativamente simples, porém feita por especialistas, em andaimes. Primeiro são instalados os módulos impermeáveis na parede (para evitar infiltração), feitos de materiais reciclados (tubos de pasta de dente e embalagens tipo “tetrapak”). Nesses módulos serão plantadas as espécies que comporão o jardim. Segundo João Pedro Chilli David, membro do Movimento 90º, grupo referência que está engajado em espalhar esta ideia nas paredes dos prédios paulistanos, se o jardim vertical for bem instalado e com plantas escolhidas por um profissional competente, as perdas são pequenas.

A manutenção das paredes “verdes” fica basicamente por conta da irrigação e da adubação. Para manter a umidade adequada das plantas, o sistema pode ser automatizado. E a fertilização pode ser manual ou embutido no sistema de irrigação, sugere David.

É comprovado que a presença do verde em ambientes construidos aumenta a qualidade de vida das pessoas no entorno. E num país tão ensolarado como o nosso, onde sofremos com o barulho e a poluição típicos dos centros urbanos, os jardins verticais tem tudo para “enfeitar” as paredes dos edifícios não só de São Paulo, mas de várias cidades brasileiras. Eu aposto no sucesso dessa solução. E você?

Confira algumas sugestões no site da empresa Quadro Vivo: http://www.quadrovivo.com/

Ivana Jatobá é Engenheira Civil graduada na Universidade Católica do Salvador, especializada em Gerenciamento da Construção Civil pela Universidade Estadual de Feira de Santana, Bahia e Mestre em Gerenciamento de Engenharia Ambiental pela University of Technology, Sydney, Austrália. Atua como consultora em implantação de sistema de qualidade ISO 9001 e Meio Ambiente ISO 14000 em canteiros de obras.

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