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Tudo sobre a dança sênior

por Giana Ramos

A maioria das pessoas gosta de dançar, o próprio brasileiro é um apaixonado pela dança. A cada carnaval surgem inúmeros passos, sempre acompanhados de melodias e letras dos mais diferentes tipos. Cada região do Brasil apresenta sua diversidade, temos: o samba, o xaxado, forró, gafieira, axé, danças folclóricas, enfim, são muitos tipos e os idosos não poderiam ficar fora dessa festa.

Pensando nisso, Ilse Tutt idealizou a dança Sênior lá na Alemanha em 1974. Após quatro anos, o estilo foi trazido para o Brasil. A dança junta movimentos simples com músicas folclóricas ritmadas que parecem cantigas infantis de diversos povos. O pessoal da terceira idade pode praticar sentando ou de pé, de forma rápida ou lenta, usando ou não acessórios, em círculos, duplas, pequenos grupos ou individual. O mais importante é se divertir e trabalhar o corpo e a mente.

Quais são os benefícios da Dança Sênior?

Diversos estudos apontam esses benefícios, mas, no geral, o idoso tem mais vontade de viver, pois encontra algo prazeroso, em que é necessário estar atento aos movimentos. Usa-se o corpo com vigor, existe um reconhecimento dos seus pares e a música ritmada ativa áreas do cérebro que não são trabalhadas naturalmente, abaixo uma série de outros benefícios:

– Melhora a força muscular;

– Aumenta a flexibilidade;

– Melhora aa coordenação;

– Melhora a postura;

– Aumento a qualidade de vida do idoso;

– O sono é mais efetivo;

– Bem estar físico e mental.

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Os idosos com alguma patologia crônica, como o Parkinson, também podem praticar a dança. Um estudo feito na Associação Brasil Parkinson (ABP) mostrou que os idosos com a doença que participavam de grupos de Dança Sênior apresentaram melhores resultados na realização das múltiplas tarefas, algo difícil para essas pessoas.

Cada vez mais essa modalidade tem ganhado espaço no Brasil, pois trata-se de uma estratégia que previne a inatividade, retarda a senilidade e promove qualidade de vida e inclusão para idosos. Mas, se você está achando que só se restringe ao nosso país, está muito enganado. A dança sênior está presente na Alemanha, seu país de origem, no Brasil, na Suécia, na Bélgica, na Dinamarca, na Finlândia, na Suíça, na Áustria, na Itália e na Inglaterra. Inclusive já existe um Comitê de Dança Sênior Internacional que, a cada 3 anos, realiza um Encontro o ISDC (Internacional Seniores Dance Congress). O Brasil já vem participando desses eventos desde 1998.

Muito interessante, não é mesmo? Mas, para participar é necessário apresentar um atestado médico comprovando que o coração está apto, pois trata-se de um exercício de moderada intensidade. Agora, é só procurar um grupo na sua cidade e começar a praticar, existem diversos órgãos que apoiam esse movimento, entre eles: SESCs, Instituição Bethesda (presente em quase todos os estados Brasileiros), Secretária do Idoso de diversas regiões e Associações voltada aos idosos, como a Brasil Parkinson.

Como dizem os participantes dessa modalidade, “é necessário acrescentar vida aos anos de vida e nada melhor do que dançar e cantar para que isso aconteça”!

Foto: Thinkstock

 

Dra. Giana Ramos é graduada em fisioterapia (São Camilo – SP), Especialista em ortopedia e traumatologia (Santa Casa – SP), Especialista em Docência no ensino superior (SENAC – SP). Formação em Reeducação Postural Global e Auriculoterapia – (FENAFITO – SP). Professora do curso de formação de cuidadores de idosos (SENAC – SP), empresária do Centro de Atendimento Especializado (CAESP SAÚDE), gestora do programa de qualidade de vida na terceira idade da Vila Maria Zélia – Belenzinho – SP.

Giana Ramos escreve às terças-feiras no Universo Jatobá.

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