Tratamento com picadas de abelhas?
Você já ouviu alguém dizer que fez tratamento com picadas de abelhas? O leitor Luiz Dutra Mendes enviou a seguinte mensagem: “Rosana, bom dia! Olha, eu tenho atrite e, após vários tratamentos médicos inúteis, fui a um apicultor, que me aplicou no local (joelho) 10 picadas de abelha. Fiquei sem dores por 5 anos. Pesquise, por favor, o fato e dê o parecer. Grato”.
Parece estranho, afinal a dor da picada de uma abelha pode durar até 5 dias porque ela libera o ferrão na pele, deixando-a vermelha e inchada. Depois, a abelha morre, pois libera uma parte do seu intestino junto com o ferrão. Dependendo da quantidade de picadas, o efeito no ser humano pode ser fatal. Então, como assim um tratamento com picadas de abelhas?
Este assunto polêmico divide os especialistas. A técnica é comum na China. Por lá, merece destaque o acupunturista Wang Menglin, que é especialista no assunto, e já tratou mais de 20 mil pacientes. Por outro lado, a prática é condenada por muitos artigos em defesa da medicina tradicional. Eles alegam não haver comprovação científica sobre o assunto e reforçam que este tipo de tratamento pode trazer prejuízos à pessoa, pois atrasa o tratamento convencional.
O veneno da abelha é chamado de apitoxina que, segundo estudo da Faculdade de Apucarana, no Paraná, é composta por 88% de água, 19 aminoácidos, enzimas, peptídeos e aminas bioativas, açúcares, componentes voláteis e outros em pequenas quantidades. Os ferrões são aplicados nos pontos de inflamação e o veneno é absorvido pela pele, chegando à corrente sanguínea. A dor pode durar alguns minutos, mas é normal no tratamento.
As picadas são utilizadas no tratamento de diversas doenças como artrites, artroses, traumas, cicatrizes, tendinite, bursite, inflamações comuns, doenças oftalmológicas e também, para esclerose múltipla. Os defensores da técnica dizem que o veneno das abelhas possui ações anti-inflamatórias, analgésicas, vasomotores e imunoativadoras. As ações dependem da quantidade de enzimas presente nas toxinas. O tratamento com o veneno da abelha pode variar pela aplicação sublingual, subcutânea com agulhas, injeções ou picadas de abelhas diretamente na pele.
O método lembra a acupuntura, mas tem suas características e cuidados especiais, portanto, em todo o caso, procure um especialista no assunto.
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