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Todo mundo fala, mas o que é a dengue hemorrágica?

por Giana Ramos

Quer saber tudo sobre a dengue? Acompanhe essa trilogia que estou escrevendo sobre o assunto. A semana passada escrevi sobre a dengue clássica.  Essa semana vamos conversar sobre a forma hemorrágica da doença, e na semana que vem desvendaremos os mistérios da febre Chikungunya que não tem nada a ver com o vírus da dengue, mas a forma de transmissão é a mesma, o mosquito.

Como o último artigo, nesse também dividiremos em: O que é a dengue hemorrágica? Como diagnostica-la? Como trata-la? E como preveni-la?

O que é?

No primeiro artigo sobre a dengue havia falado que existem quatro sorotipos para o vírus, são conhecidos como: DEN-1, DEN-2, DEN-3, DEN-4, após infecção com qualquer uma dessas cepas o indivíduo garante imunidade, mas ainda poderá se contaminar com outro sorotipo. Exemplo: eu peguei dengue do vírus (DEN-4), não posso mais ser contaminada com esse vírus, pois meu sistema imunológico já garantiu anticorpos contra essa cepa, mas ainda posso me contaminar com os outros três tipos.

A dengue hemorrágica, na maioria dos casos é uma infecção de dois tipos de vírus ou mais, ou quando a pessoa está com a doença pela segunda vez, então pode ocorrer alterações na coagulação sanguínea levando a sintomas de hemorragias, essas manifestações ocorrem de três a quatro dias depois do início dos sintomas clássicos da doença.

Como diagnosticar?

O diagnóstico da dengue hemorrágica é bem parecido com o da clássica, a sintomatologia deve ser observada, a diferença é que a febre diminui, ou a pessoa pode apresentar até a temperatura corporal mais baixa após o terceiro ou quarto dia da doença, e surgem hemorragias internas e externas causada pela diminuição coagulação sanguínea.

Os sintomas mais comuns na dengue hemorrágica, são:

  • Sangramento nasal e gengival.
  • Dores abdominais continuas e fortes.
  • Diminuição da temperatura da pele e umidade excessiva.
  • Manchas avermelhadas na pele.
  • Confusão mental.
  • Sonolência.
  • Dificuldade de respiração.
  • Sede excessiva.
  • Diminuição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos.

Quando não tratado adequadamente o paciente pode evoluir com o choque causado por múltiplas hemorragias internas e poderá ir a óbito em 24 horas ou menos. Por isso é necessário conhecer os sintomas e ir ao hospital rapidamente em caso de suspeita de dengue hemorrágica.

Os testes que serão feitos para diagnosticar a presença do vírus, são:

  • Sorologia para presença de anticorpos contra o vírus da dengue.
  • Contagem de plaquetas (ocorre uma diminuição em caso de dengue hemorrágica).
  • Teste do laço.

Como tratar?

Como a dengue clássica, a forma hemorrágica não tem um tratamento medicamentoso efetivo, apenas a hidratação muitas vezes endovenosa, alimentação, monitoramento dos sinais vitais e caso necessário, transfusão sanguínea, uso de oxigênio ou cuidados emergenciais em unidade de terapia intensiva.

Em qualquer suspeita de dengue ou febre Chikungunya, deve-se suspender o uso de antiinflamatórios e ácido acetilsalicílico (AAS).

Prevenção?

As mesmas orientações de sempre:

  • Não deixe água parada.
  • Lave o vasilhame de água dos animais de estimação, os vasinhos e pratos de plantas e todos os outros recipientes que tenha ficado com água parada. Use uma mistura de cloro e água, é muito eficaz para matar os ovos do mosquito.
  •  Use repelente (existe um repelente caseiro que AUXILIA na prevenção, veja o link.
  • Coloque areia nos vasos de plantas.
  • Mantenha a caixa de água limpa e fechada.
  • Coloque cloro e tela nos ralos.
  • Cuidado com o lixo acumulado, qualquer chuva poderá transforma-lo em um criadouro para o aedes aegypti.

Próxima semana terminamos nossa trilogia sobre a batalha contra a dengue e a febre Chikungunya. Até lá!

Dra. Giana Ramos é graduada em fisioterapia (São Camilo – SP), Especialista em ortopedia e traumatologia (Santa Casa – SP), Especialista em Docência no ensino superior (SENAC – SP). Formação em Reeducação Postural Global e Auriculoterapia – (FENAFITO – SP). Professora do curso de formação de cuidadores de idosos (SENAC – SP), empresária do Centro de Atendimento Especializado (CAESP SAÚDE), gestora do programa de qualidade de vida na terceira idade da Vila Maria Zélia – Belenzinho – SP.

Giana Ramos escreve às terças-feiras no Universo Jatobá.

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