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Previna-se de doenças ginecológicas neste Carnaval

por Dr. Thomas Moscovitz

Carnaval! Sol, praia ou piscina. A disposição para se divertir aumenta nesta época e as mudanças de hábitos podem causar um desequilíbrio na flora vaginal, aumentando a possibilidade de contrair doenças como candidíase, tricomoníase e vaginose bacteriana. O fungo da candidíase, por exemplo, precisa de um ambiente escuro e quente para se multiplicar rapidamente. Uma curiosidade interessante sobre este fungo é que é mais comum na mulher adulta.

Ele vive normalmente no intestino, mas pode aparecer no estômago, bexiga e vagina. Quando algo muda nesses ambientes e favorece a multiplicação dele, acontece a infecção. As atividades exercidas neste período de altas temperaturas e transpiração excessiva contribuem para o surgimento de doenças ginecológicas. Algumas podem acabar com a sua diversão, portanto, fique atenta e previna-se.

Ficar de olho no material com que é fabricada a sua calcinha pode ajudar. Tecido sintético e roupas apertadas prejudicam a saúde nos dias mais quentes. Isso porque a área genital fica abafada e, consequentemente, tanto temperatura quanto umidade ficam acima do ideal. Já as calcinhas 100% algodão facilitam a evaporação da umidade local.

Depois de mergulhar, evite ficar com a parte debaixo do biquíni ou o maiô molhado. Permanecer com as roupa de banho após entrar na água abre caminho para a proliferação de bactérias prejudiciais, além de irritação na vulva e nos genitais externos.

A dica para curtir o último dia de carnaval, assim como todos os outros que estão por vir, é optar por roupas leves, de tecidos naturais, e deixar na mala roupas de banho extra para poder trocar depois daquele mergulho gostoso. No mais, reforce a alimentação para melhorar as defesas naturais do corpo, faça a higiene da vagina com a maior quantidade de água possível, evite usar protetor diário para não abafar a área e estenda suas calcinhas em local arejado assim que lavá-las; a umidade do banheiro favorece o aparecimento de fungos. Uma dica é passar a peça com ferro quente.

Se perceber qualquer coisa estranha como coceira ou corrimento vaginal – normalmente branco ou amarelado -, procure um ginecologista. Sua saúde agradece.

 

Dr. Thomas Moscovitz – Doutor pela Faculdade de Medicina da USP. Especialista em: Ginecologia – Obstetrícia – Videolaparoscopia – Videohisteroscopia. Assistente Voluntário do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Médico Ginecologista na Granmedic.

Dr. Thomas Moscovitz escreve às segundas-feiras aqui no Universo Jatobá.

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