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Os riscos da atonia uterina

por Dr. Thomas Moscovitz

Alguns termos ginecológicos despertam a curiosidade das mulheres. O importante é deixar a vergonha de lado e perguntar o que eles representam, quais os principais riscos e as formas de prevenção. Estar por dentro de assuntos relacionados à sua saúde é a melhor forma de se precaver e de saber que algo não anda bem.

A atonia uterina, por exemplo, é preocupante. Ela significa a perda de tônus muscular do útero e é caracterizada pela incapacidade do órgão de se contrair após o parto.
Como consequência deste quadro, os vasos sanguíneos também não se contraem e podem causar sangramentos volumosos na região em que a placenta se soltou. Caso ultrapassarem 500 ml dentro de 24 horas, tais perdas sanguíneas são caracterizadas como hemorragias pós-parto imediato e podem representar, inclusive, risco de vida às gestantes.
Vale ressaltar que uma das Formas para minimizar os efeitos deste tipo de hemorragia incluem a identificação e correção de anemia antes do parto. Realizar exames dos sinais vitais do paciente e do fluxo vaginal antes da expulsão da placenta auxilia na detecção de sangramento lento e constante.

Algumas das principais causas da Atonia Uterina são a exaustão do músculo, causado por um trabalho de parto prolongado, gestação gemelar ou por hiperdistensão muscular, que acontece quando o feto é maior do que o normal. Entretanto, alguns fatores de risco podem ser diagnosticados ainda durante o pré-natal, como por exemplo hipoproteinemia – queda na quantidade de proteína sanguínea -; grande multiparidade; obesidade; polidrâmnio – caracterizado pelo excesso de líquido amniótico -; hemorragia pós-parto em gestação anterior e idade materna acimas dos 35 anos; por isso é fundamental o acompanhamento médico durante a gravidez.

Uma vez que o médico observar um quadro de Atonia Uterina e, em consequência, a hemorragia, o procedimento correto será estancar o sangramento por meio de intervenção cirúrgica e iniciar uma massagem uterina para estimular o aumento das contrações, associada à medicação e retirada manual da placenta.

Dr. Thomas Moscovitz – Doutor pela Faculdade de Medicina da USP. Especialista em: Ginecologia – Obstetrícia – Videolaparoscopia – Videohisteroscopia. Assistente Voluntário do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Médico Ginecologista na Granmedic.

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