Mulheres e suas peculiaridades
Mulheres são seres bastante peculiares, em todos os aspectos. Tratando-se de assuntos que dizem respeito somente a elas, então, nem se fala.
Reuni neste artigo curiosidades sobre a saúde destes seres e, ainda, alguns fatos curiosos sobre a sexualidade, a gestação e a amamentação. Confira:
– A vagina é ácida: ou melhor, o ph da vagina é ácido. E numa média de cerca de 4,5 na escala de pH (7 é neutro). Isso é tão ácido quanto cerveja ou tomates. O que deixa a vagina ácida são as comunidades microbianas, como lactobacilos, que dominam o ecossistema das vaginas de muitas mulheres, protegendo com sua acidez esse ambiente (por exemplo, impedindo que bactérias ou vírus malignos colonizem a região).
– O clitóris tem cerca de oito mil terminações nervosas: isso mesmo! O clitóris é um órgão reservado exclusivamente para o prazer feminino e talvez essa seja a explicação para a incrível quantidade de receptores sensoriais que podem ser encontrados em uma parte tão pequena do corpo.
– Vaginas e tubarões têm algo em comum: pois é, tanto os tubarões quanto as vaginas têm um composto orgânico chamado esqualeno. Na natureza, essa substância é encontrada no fígado dos tubarões, mas também pode ser extraída de óleos vegetais, como o óleo de gérmen de trigo e de arroz, por exemplo. Já nas mulheres, o composto serve como lubrificante e é secretado durante a excitação acompanhando as demais mudanças no corpo, como o aumento do fluxo sanguíneo nos pequenos e grandes lábios e a dilatação da vagina.
– Antibióticos podem ser uma ameaça para as boas bactérias da sua vagina: se você tem que tomar o remédio em alguma ocasião, consuma iogurte grego probiótico para reduzir os danos.
– Vaginas e a autolimpeza: o corrimento inodoro e esbranquiçado é o responsável por eliminar toxinas, bactérias e células mortas vaginais. Justamente por isso, não é preciso lavar o canal vaginal. “Usar água e sabonete com ph neutro na região externa já é suficiente para manter a higiene.
GESTAÇÃO
O momento divisor de águas na vida de uma mulher reúne algumas das maiores curiosidades do universo feminino.
– As contrações não acabam após o parto: Aquelas dores fortes que aparecem de instantes em instantes não cessam magicamente assim que o bebê nasce. Muito pelo contrário: elas podem durar até alguns dias – sim, dias – depois do parto. Essas contrações são câimbras musculares, um jeito que o corpo encontra de cessar a perda de sangue. Mas, calma, as dores tendem a ser bem menores e, se por acaso a mulher ficar internada após o parto, talvez nem perceba.
– Solidariedade paterna: é bastante comum que o pai do bebê passe a sentir alguns dos sintomas da gestação, como enjoos, cansaços, dores nas costas, vontades de comer coisas diferentes. Muitos papais acabam até mesmo ganhando uns quilinhos a mais.
– Gestantes sentem melhor os cheiro das coisas: durante a gestação, as mulheres sentem melhor os odores – o mesmo vale para o sabor. Isso faz parte de um mecanismo que ajuda as gestantes a evitar o consumo de alimentos tóxicos que podem ser perigosos para adultos e mortais para os fetos.
AMAMENTAÇÃO
Muitas gestantes esperam ansiosas por este momento. A amamentação, além de essencial para a saúde do bebê por fornecer todos os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento, ajuda na formação do vinculo entre mãe e bebê. Muitos mitos rondam este assunto; esclareço alguns com as curiosidades a baixo:
– Seio pequeno não produz leite: o tamanho do seio não tem influência nenhuma no sucesso da amamentação. O que faz a diferença no tamanho dos seios não é a quantidade de glândulas, mas a quantidade de gordura de cada mama. As células produtoras (glândulas mamárias) e os ductos de leite são os mesmos em todas as mulheres, até mesmo naquelas que fizeram cirurgia plástica para colocar prótese de silicone. Só no caso de cirurgias redutoras é que este número pode ser reduzido.
– Prótese de silicone atrapalha a amamentação: com as técnicas atuais de colocação de próteses mamárias, geralmente não, mas dependendo da técnica pode atrapalhar a amamentação por interferir na quantidade e na saída/retirada do leite, mas não na qualidade dele.
– Estresse faz o leite secar: pode fazer, pois é um estímulo negativo à amamentação: o medo, a dor, o stress, são fatores que aumentam a adrenalina no sangue materno e esta faz com que se diminua e estímulo para produção do leite materno.
– Cerveja preta ou canjica aumentam a produção de leite: não existem evidências científicas que comprovem que o consumo de determinado alimento ou bebida aumente a produção de leite. Segundo especialistas, com relação à cerveja ou qualquer outra bebida alcoólica, o consumo pode, na verdade, prejudicar a amamentação.
– O tipo de parto interfere na amamentação: tanto mulheres que fizeram cesariana, quanto as que tiveram parto normal podem amamentar. O que pode influenciar, no caso de mães que estão sentindo muita dor – devido a problemas de cicatrização, por exemplo –, é que há uma demora maior na descida do leite para os seios. Mas, na maioria dos casos, entre o terceiro e quarto dia após o parto, a mulher já tem leite suficiente para amamentar o bebê normalmente.
Dr. Thomas Moscovitz – Doutor pela Faculdade de Medicina da USP. Especialista em: Ginecologia – Obstetrícia – Videolaparoscopia – Videohisteroscopia. Assistente Voluntário do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Médico Ginecologista na Granmedic.
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