3 - Dificuldade com a lubrificação

Flibanserin: o viagra feminino

por Dr. Thomas Moscovitz

Enfim, o viagra feminino recebeu sinal verde para ser comercializado, após a agência reguladora dos EUA já ter rejeitado o medicamento por duas vezes.

O Flibanserin é um remédio que estimula a libido feminina. No entanto, a sua administração exige alguns cuidados por parte da paciente.

A agência que regula medicamentos e alimentos nos Estados Unidos, a FDA, alegou (enquanto era contra a sua comercialização) não acreditar 100% na eficácia dos comprimidos. Esta proibição se arrastou por anos; foi em 2010 que aconteceu a primeira rejeição ao medicamento.

No entanto, agora, foi a mesma agência que cedeu a entrada do “viagra feminino”, do laboratório americano Sprout Pharmaceuticals, no mercado.

A grande preocupação dos especialistas é a associação deste medicamento com o álcool; além disso, o fármaco pode resultar às usuárias riscos de desmaio, sonolência, pressão baixa, enjoos e a ausência de dados sobre os efeitos do uso do medicamento em longo prazo.

A comissão que votou a favor da liberação acredita que, pela primeira vez, a medicina vai oferecer uma alternativa às mulheres com baixo desejo sexual, mesmo antes da menopausa. No mais, acredita-se que as contra indicações na bula estão muito bem explicadas e que nós, médicos, não podemos parar os estudos sobre este medicamento, mesmo com a venda permitida.

Para conquistar esta vitória, o laboratório responsável pela droga apresentou novos dados, incluindo o resultado de um estudo que mostra que esse remédio não afeta a capacidade das mulheres para dirigir um automóvel, por exemplo.

A psicóloga Leonore Tiefer, da Universidade de Nova York e membro do Comitê de Consultas da FDA em 2010, explicou que uma pílula desse tipo corria o risco de decepcionar um grande número de mulheres. Ela alega que a complexidade emocional da sexualidade feminina e os problemas relacionados a essa condição geralmente não apresentam causas médicas.

Lembrando que o Viagra já é vendido desde 1998 para tratar a disfunção sexual masculina.

Uma curiosidade é que o Flibanserin foi, Inicialmente, desenvolvido para ser um antidepressivo, porém, durante os testes, ficou comprovada a sua ineficácia na alteração do humor. Nos estudos clínicos com a droga, as mulheres apresentavam um outro efeito colateral: um maior interesse em sexo.

Ficou curiosa? Converse com o seu médico sobre o assunto.

Dr. Thomas Moscovitz – Doutor pela Faculdade de Medicina da USP. Especialista em: Ginecologia – Obstetrícia – Videolaparoscopia – Videohisteroscopia. Assistente Voluntário do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Médico Ginecologista na Granmedic.

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