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Atividade física ajuda no combater à dor crônica

por Universo Jatoba

Se você sofre com dores crônicas e acha que fazer exercícios pode agravar ainda mais o problema, está enganado. Lombocitalgia, artrose e cefaleia já fazem parte da vida de 60 milhões de brasileiros. A fibromialgia já atinge 10 milhões de pessoas no país e, quando não é tratada corretamente, pode levar à depressão. Mas, algumas atitudes simples podem ajudar a levar uma vida com mais qualidade.

A prática de atividades físicas com o acompanhamento de um especialista é uma delas. “Caminhadas e corridas, por exemplo, têm alto valor de evidência no tratamento das dores crônicas por liberarem endorfina (analgésicos naturais do nosso organismo). Quando a dor é contínua ou intermitente, por um período igual ou superior a três meses, pode ser considerada crônica.”, explica João Marcos Rizzo, coordenador da clínica de dor do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre.

De acordo com ele, os resultados não são imediatos e, por isso, muitos acabam largando o tratamento. “Num primeiro momento as dores podem até piorar. O que buscamos é o resultado a médio e longo prazo. Por isso, devemos ser enfáticos e educativos quando prescrevemos exercícios físicos como parte do tratamento da dor”, reforça.

Segundo Simone Kurotusche, especialista em medicina esportiva, as mulheres que têm de 30 a 40 anos desenvolvem doenças como a fibromialgia com mais frequência. “Ela atinge uma média de cinco a sete mulheres para cada homem”, diz. Simone esclarece que questões hormonais, genéticas e hábitos do dia a dia são algumas das características que levam ao desenvolvimento das dores.

Rizzo alerta que as dores crônicas não são exclusivas de idosos. “Sempre tomamos cuidado para não priorizar uma faixa etária, pois todas têm suas doenças dolorosas mais prevalentes e igualmente importantes”.

O tratamento pode ser simples, dependendo do nível da dor. É primordial ter um diagnóstico e saber exatamente o tipo de dor e os procedimentos para amenizá-la. “A psicoeducação, que nada mais é do que aprender sobre a dor, e um tratamento medicamentoso adequado sempre prescrito por um médico especialista também ajuda”, alerta Rizzo.

Respeitando o estado clínico da pessoa, pode-se dizer que dificilmente o exercício físico não será benéfico para qualquer tipo de dor. “A hérnia de disco, por exemplo, tem reduzido o máximo possível o tempo de repouso que se indica. Hoje, percebe-se que quanto mais repouso, mais dor poderá surgir aos movimentos e mais prolongado o caso pode se tornar”, explica Rizzo.

Segundo ele, as restrições quanto à prática de exercícios existem, geralmente por curtos períodos. Simone lembra que as únicas dores que não se aconselha exercícios físicos são as de origem inflamatória ou infecciosa na fase ativa, em curto prazo após uma operação e nas causadas por algum câncer.

“É notório o bem-estar, não só físico, mas principalmente mental. O simples fato do paciente se sentir agente ativo em seu tratamento é um grande sinal de melhora”, destaca o médico. Simone ainda cita outros sintomas, como melhora da disposição, de movimentação, da autoestima, da depressão, qualidade do sono, equilíbrio, força, flexibilidade e das relações sociais.

Uma boa alternativa para iniciar um tratamento com exercícios físicos e orientação adequada gratuitamente é a Caminhada Pare a Dor. Ela tem o objetivo de conscientizar a população da importância do diagnóstico e auxílio profissional precoce.

Essa iniciativa ocorre semanalmente em São Paulo e tem edições mensais em outras cidades, como Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Natal, São Luís, Curitiba, etc. Clique aqui e acesse o calendário das caminhadas.

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