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Você é do tipo que ama o sol e não vê a hora de começar o verão para pegar uma corzinha? Para 7% da população mundial esse é um cenário um tanto quanto perigoso. Esse é o número de pessoas que sofrem com alergia à exposição ao sol.

Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, este tipo de manifestação alérgica surge devido à reação do sistema imunológico à exposição, também chamada de fotoalergia ou fotodermatose, e afeta principalmente as mulheres, sendo que 95% delas são jovens de 20 a 35 anos. Pode aparecer também em razão da predisposição genética. O uso de alguns medicamentos e até de produtos cosméticos pode aumentar a sensibilidade ao sol.

Sintomas e tratamento

Os sintomas são placas rosadas ou vermelhas, às vezes acompanhadas por inchaço, bolhas e erupções na pele. “O tratamento preventivo é baseado no uso de protetor solar, betacaroteno (encontrado nas cenouras ou complementos alimentares), Licopeno (encontrado no tomate, que também existe na forma de medicamento, mas só deve ser prescrito por médico). Anti-histamínicos e corticoides são indicados para os casos mais graves, quando a alergia se manifesta por todo o corpo. Evitar a exposição ao sol também é recomendado”, alerta o Dr. José Carlos Perini, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.

Em algumas pessoas, a sensibilidade depende da hora do dia em que se expõe. Uma forma de tratar é tomar sol de forma lenta e gradual. Às vezes, é preciso começar com frações de minuto de exposição para, assim, induzir a tolerância.

O eczema de contato também é comum nesta época do ano, devido à utilização constante de cremes, bronzeadores e protetores, esse último indicado para uso diário, pois combate o envelhecimento precoce da pele e possíveis doenças relacionadas aos raios UVA e UVB. Porém, muitos deles podem causar alergias, irritações e até doenças de pele, já que são formulados com algumas substâncias que podem ser prejudiciais, como os parabenos, o benzofenona, o óxido de zinco e o PABA.

A Associação alerta para os perigos dos produtos indicados ou fabricados por pessoas não habilitadas. Alguns são altamente agressivos à pele, como folhas de figo, óleos naturais, misturas de corantes com óleos, etc.

“Alimentação saudável, rica em zinco e vitamina C, pode contribuir para uma boa resposta imunológica, evitando ou minimizando as alergias. Hidratar a pele com loções e cremes, evitar banhos quentes demorados, alimentos alergênicos, corantes e conservantes também auxiliam na prevenção. Usar produtos cosméticos de qualidade reconhecida ajuda a evitar surpresas”, aconselha.

Fotos: Thinkstock