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Páscoa: peixe bom na mesa x sustentabilidade

por Universo Jatoba

A Páscoa está chegando e é tradição cristã servir peixe na Sexta-Feira Santa. O mais procurado é sempre o bacalhau, mas outras opções devem ser consideradas, principalmente quando se pensa em nutrição. Os peixes gordos de águas salgadas são ótimas fontes de ômega 3. Embora pouco comentado, o DHA (ácido docosahexaenoico) é o principal tipo de ômega 3 e traz benefícios para a saúde ao longo de toda a vida, que vão desde o desenvolvimento das estruturas do cérebro e da retina, a partir da gestação, até a prevenção do declínio cognitivo na fase adulta.

“Há vinte anos, pouco se sabia a respeito dos benefícios dos ômegas 3 para a saúde humana, mas com o desenvolvimento de pesquisas muitos deles foram descobertos, por isso hoje são tão falados. O DHA, ainda um desconhecido para a maior parte das pessoas, é um lipídio estrutural do nosso organismo e seu consumo promove a saúde em qualquer idade,” diz a nutricionista Cyntha Antonaccio.

O DHA é um ácido graxo ômega-3 poli-insaturado encontrado em todo o corpo, sendo responsável por até 97% do omega-3 no cérebro. O DHA protege o cérebro contra o declínio cognitivo e ajuda o seu desenvolvimento, previne arritmias e a aterosclerose, ajuda a reduzir o colesterol ruim (LDL) e os triglicérides, contribui para uma gravidez mais saudável, participa da formação do cérebro e da retina e reduz as chances de problemas respiratórios e alergias em crianças.

Para saber mais sobre a importância do DHA na alimentação infantil, clique aqui. 

Segundo a nutricionista, peixes marinhos também são fontes de EPA (ácido eicosapentaenoico), outro tipo de ômega 3, que também contribui para a saúde cardiovascular, juntamente com o DHA. A FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) recomenda o consumo diário de 250mg a 2g de DHA + EPA para um adulto. Mas a quantidade de DHA presente no peixe varia. Salmão, cavala e sardinha, são peixes ricos em DHA, já o bacalhau, por exemplo, tem uma quantidade muito pequena desse lipídio. Confira:

Valores referentes a uma porção de 100 gramas do peixe cozido
Peixe DHA EPA
Salmão 751mg 537mg
Cavala 699mg 504mg
Sardinha (enlatada) 509mg 473mg
Pescada branca 235mg 283mg
Atum 232mg 47mg
Bacalhau  (do Atlântico) 154mg 4mg

Fonte: Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)

Cyntha explica que o DHA é um lipídio e, portanto, peixes gordos tendem a serem mais ricos. “Porém, ainda não é totalmente esclarecida a quantidade de DHA que o organismo aproveita a partir do consumo do peixe. De qualquer forma, recomenda-se consumir cerca de 2 porções de peixe marinho por semana”, esclarece.

Peixes em extinção

Antes de colocar o peixe na mesa, pense também no meio ambiente. Muitos deles correm risco de extinção e, por isso, o consciente faz toda a diferença neste momento. Mas, como saber?

O Guia do Consumo Responsável de Pescados, feito pela Unimonte, em Santos, no litoral de SP, colabora com a compreensão do assunto e estimula o consumo consciente sem prejudicar a vida marinha. Clique aqui e veja o que o Universo Jatobá já falou sobre o tema.

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