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Você gosta do que faz?

por Debora Ganc

“Vivemos em uma cultura de competição, de ganhar sempre, do progresso, do êxito.”*

Para competir negamos o que fazemos. Porque, na realidade, fazemos as coisas em função do outro. O que guia o meu fazer não é o que eu quero e sim o que o outro faz. Por exemplo, em um jogo de futebol, qual é o time mais importante? O que venceu? Ou o que perdeu? Você dirá: “o time que venceu é o mais importante!”. Pois eu digo que não há mais importante. O time que ganhou precisa daquele que perdeu, pois sem ele não haveria ganhador.

Como estamos focados na ideia de que precisamos competir, precisamos ganhar, precisamos ser melhores que os outros, precisamos conseguir. Estamos sempre em uma situação em que negamos os demais para que possamos alcançar algo. Porque pensamos ou atuamos como se para conseguir algo, em termos de qualidade, dependêssemos do outro. Isso não é o correto, pois a qualidade do que eu faço depende de mim, das minhas habilidades e das circunstâncias em que me encontro.

Mas existe uma saída, por sorte sempre podemos refletir. Podemos parar por um instante,  olhar o que estamos fazendo e nos fazermos a pergunta:

“Gosto ou não gosto do que estou fazendo?”

Mas para isso tenho que parar e me olhar. Preciso aceitar que é bem possível que não esteja me vendo. Neste ato de reflexão se abre a possibilidade de mudança de direção, do dar- se conta que na realidade aquilo não é o que quero fazer.

Esta maneira de viver, competindo, lutando, no esforço contínuo em busca do êxito, não faz com que vivamos melhor. É preciso abrir espaços para que possamos refletir e escolher um caminho segundo o qual realmente queremos viver.

* Frase de Humberto Maturana biólogo e pensador.

 

Debora Ganc é Terapeuta Sistêmica, Constelações Familiares, Constelações Empresariais. Gestalt e Programação Neurolinguística.

Debora Ganc escreve às quartas-feiras aqui no Universo Jatobá.

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