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Sem sinal do Voo 370

por Debora Ganc

Muitos dias após o desaparecimento do avião na Malásia, ainda não temos notícias de seu paradeiro. Cerca de três dúzias de aviões e quarenta navios de vários países continuam as buscas por uma área de milhares de quilômetros e ainda não conseguiram encontrar o avião do voo 370 desparecido.

A cada nova pista, as autoridades pensam ter encontrado a resposta e tentam explicar, até que se prove que estavam errados. Acharam que viram um salva-vidas boiando no Golfo da Tailândia, mas tratava-se de uma espécie de caixa.

Depois, pensaram ter visto uma porta de avião boiando, mas tratava-se de restos de lixo coberto por algas. Também pensaram ter visto o rabo de um avião e, no final, eram troncos amarrados com cordas. A última foi uma mancha de óleo no Oceano perto da Malásia, mas, quando foram verificar, não continha nenhuma gasolina de aviação.

Inúmeras teorias foram elaboradas sobre o que aconteceu ao avião desaparecido. Apesar da companhia aérea não se pronunciar a respeito, já sabemos que foram detectados sinais emitidos pelo avião mesmo depois dele ter sumido radar.

As investigações agora estão focando na hipótese de terrorismo. Já sabem que dois dos passageiros do voo estavam viajando com passaportes roubados e os dois compraram as passagens na Tailândia através de um intermediário iraniano.

Mas, na ausência de evidências, as autoridades também estão considerando outras possibilidades, tais como – um erro do piloto, um erro mecânico e, finalmente, sequestro.

Enquanto isso, as famílias dos 239 passageiros do avião estão esperando por notícias. Quaisquer notícias do destino de seus entes queridos. Uma reportagem na TV mostrou uma multidão de repórteres, amigos e familiares esperando notícias em Beijing e uma mulher chorando desesperada começou a gritar: “Por que ninguém nos dá notícias?”.

Me identifiquei com a dor da pobre mulher. Por pior que sejam as circunstâncias, o “não saber” pode ser muito mais desesperador.

Há um ditado judaico que diz: “Não existe nada que traga mais alívio do que a solução de uma dúvida”.

É uma agonia emocional. Para estas pessoas até a pior verdade seria melhor do que essa incerteza. Pois elas ficam esperando, esperando por algo. Não podem voltar às suas vidas e também não podem encarar a morte dos seus entes queridos desaparecidos.

Caso estejam pensando “o que é que eu tenho com isso?”, lembrem-se que só porque não  aconteceu conosco não quer dizer que não tenha acontecido.

Podemos fazer algumas ações de ordem prática enquanto esperamos por notícias do avião desaparecido. Por exemplo, podemos ser solidários a dor destas pessoas e ajudar de algumas maneiras a aliviar a dor delas.

Podemos rezar para que as buscas no Golfo da Tailândia tenham sucesso, podemos rezar pelas famílias dos passageiros desaparecidos que estão passando por esta tremenda agonia. Use uma oração normalmente usada em tempos de problemas de sua prática ou religião. Ou apenas medite mandando boas vibrações para consolá-los.

As boas ações trazem o sagrado para o mundo e nos beneficia a todos.  Enquanto esperamos notícia da Malásia também podemos ajudar quem vive perto de nós. Talvez um vizinho precise de uma carona, talvez possamos sair de nossas rotinas ocupadas e arrumar um tempo para visitar ou ligar para alguém que sabemos que está só. Façamos algo novo para as nossas famílias, algo que nunca fizemos antes.

Às vezes, uma crise como essa pode nos ajudar a lembrar que precisamos encontrar um tempo para olhar quem está a nossa volta e tentar ajudar. Ser solidário.

 

Debora Ganc é Terapeuta Sistêmica, Constelações Familiares, Constelações Empresariais. Gestalt e Programação Neurolinguística.

Debora Ganc escreve às quartas-feiras aqui no Universo Jatobá.

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