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Precisa tomar uma decisão? Antes, pense!

por Debora Ganc

Imagine que você é um equilibrista caminhando em um  cabo de aço sobre as cataratas do Iguaçu. Avança lentamente um pé após o outro. Para se equilibrar, olha para trás e vê um maníaco vindo em sua direção. Agora, além de se preocupar em chegar ao outro lado, também tem que evitar que o maníaco o alcance.

Em um sentido, acontece o mesmo em nossas vidas. Cada passo que damos tem consequências reais e precisamos continuar avançando.

As pessoas que buscam resultados imediatos tendem a ter pouca paciência quando precisam tomar uma decisão. Às vezes, até são capazes de tomar qualquer decisão, para o bem ou para o mal só para se livrarem do desconforto de tomar uma decisão.

Outros, por falta de confiança e por medo de tomar a decisão errada, refletem excessivamente.

Tomamos decisões a cada momento da vida. Mas, como fazemos isso? Consideramos o peso e a importância de nossos atos? Ou agimos impulsivamente sem pensar nas consequências? Ou ainda tomamos decisões na base do cara ou coroa?

Independentemente de qual seja o nosso caso, sempre acabamos nos perguntando o porquê de não termos refletido mais ou melhor.

Então, não se apresse, desacelere, examine todos os aspectos, reflita, pondere.

Tome as melhores decisões que puder, mas não se deixe envolver pelo medo de se comprometer com a decisão tomada.

Existem técnicas que podem ajudar a resolver problemas que inevitavelmente irão aparecer no trabalho, no casamento ou na educação dos filhos. Uma vez que a decisão foi tomada, seguimos em frente com confiança sabendo que tomamos a melhor decisão.

Uma técnica que gosto muito é a do agricultor que diz: “Sempre que precisar tomar uma decisão importante pondere quatro vezes. Exatamente como o ato de plantar”.

1 . ARAR – ao cruzar com uma ideia pela primeira vez tente compreende-la. A isso chamamos “arar a terra”.

2 . PLANTAR – Ao se defrontar com a ideia pela segunda vez, ela começa a fazer sentido. A isso chamamos “colocar sementes na terra”, ou seja, plantando em si mesmo.

3 . COLHER – da terceira vez, se chega a uma compreensão intelectual e experimental. A isso chamamos “colher o trigo”.

4 . DIGERIR – na quarta vez, se integra a ideia na própria vida, ela “nutre” a alma e agora já faz parte de nós.

Todos queremos alcançar o máximo com um mínimo de esforço. Um grande sábio disse:

As pessoas querem se tornar grandes da noite para o dia sem perder uma boa noite de sono.

Todos queremos alcançar grandes feitos com um mínimo de esforço. É por isso que a ponderação é uma ferramenta poderosa, pois nos força a desacelerar, exercitar a paciência e alargar os limites de nossa força. É o melhor investimento que podemos fazer.

A sabedoria está para alma como o alimento para o corpo.

 

Debora Ganc é Terapeuta Sistêmica, Constelações Familiares, Constelações Empresariais. Gestalt e Programação Neurolinguística.

Debora Ganc escreve às quartas-feiras aqui no Universo Jatobá.

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