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Dominando o medo – Parte 1

por Debora Ganc

Quando as oportunidades aparecem na vida podemos avaliá-las e decidir segui-las ou não. Não há nada a temer quando fazemos escolhas, a não ser as consequências de ter evitado essa ou aquela realidade.

O medo das consequências pode ser um grande motivador para que façamos o trabalho rápida e eficientemente. Por exemplo, se pedirmos a um adolescente: “Arrume seu quarto”, a resposta dele será: “Mais tarde…”.

Agora, se mudarmos o pedido para “Se você não arrumar seu quarto nem pense em pedir o carro emprestado”. Qual será a resposta do adolescente? O quarto estará arrumado em um piscar de olhos.

O medo, igual a todas as emoções, tem dois aspectos: o positivo e o negativo. O aspecto negativo nos debilita, mas o positivo é estimulante. A adrenalina entra no nosso sangue correndo pelas veias e nos dá poder para alcançar o que queremos. É como se estivéssemos passeando pelo jardim e, de repente, tropeçamos em uma cobra. O medo nos fará correr com uma velocidade olímpica. O medo nos tira do mundo dos sonhos e nos acorda e coloca no mundo real.

Conseguir fazer as escolhas certas é uma luta constante da humanidade. Normalmente escolhemos o caminho mais fácil e ignoramos as consequências. A questão é “queremos ver, ou não?”.

Nos anos 80, havia um programa de TV que fazia muito sucesso. Era assim: a pessoa tinha 10 minutos no supermercado para encher o carrinho com o que quisesse. Lembro de uma mulher que ficou correndo entre os corredores procurando pegar coisas de maior valor. Ela não queria ter um carrinho cheio de caixas de sabão em pó. O tempo terminou e ela tinha ocupado apenas uma parte do carrinho.

Esta história é uma metáfora da vida, para cada escolha existem consequências eternas. Podemos viver cada instante no seu máximo ou desperdiçá-lo em um vazio. A vida é um negócio muito sério.

O maior medo que sentimos é o medo de termos vivido uma vida sem nenhum sentido. Todos queremos causar algum impacto, queremos ajudar aos outros, queremos mudar o mundo. Ninguém é medíocre porque quer.

Alguns de nós já tivemos um momento de clareza em que nos perguntamos “o que isso irá acrescentar a minha vida?”. Mas, depois que este momento passou, o que fizemos? Na maioria das vezes, enfiamos a cabeça no buraco, como uma avestruz, e imaginamos que estamos em segurança neste lugar. Outras vezes escolhemos começar um curso ou jogar tênis, colocamos o som nas alturas ou ligamos para um amigo.

Não somos avestruzes. Tememos, sim, ser medíocres. Temos medo de não nos respeitarmos, de acordar um dia e nos perguntarmos: “O que eu fiz com a minha vida?”.

Todos esses medos podem ser usados como inspiração e descoberta do que realmente é mais importante na nossa vida. Ao descobrir, não hesite, corra, pegue e não deixe escapar.

 

Debora Ganc é Terapeuta Sistêmica, Constelações Familiares, Constelações Empresariais. Gestalt e Programação Neurolinguística.

Debora Ganc escreve às quartas-feiras aqui no Universo Jatobá.

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