Buscando a felicidade – Parte 3
No livro “A Ética dos Pais” (Pirkei Avot) tem um capítulo que começa perguntando: “Quem pode ser considerado rico? Sem dúvida é aquele que está feliz com o que tem.”
Não se trata de um simples conselho e sim de uma ideia, uma filosofia de vida. Uma perspectiva completamente diferente na forma de ver as coisas.
Para ilustrar, descrevo um capítulo do velho testamento que conta o momento em que Jacob reencontra seu irmão Esaú. Os dois haviam brigado e Jacob envia presentes e oferendas a seu irmão como forma de apaziguá-lo.
Depois de receber os presentes, este é o diálogo que se segue entre eles.
Esaú diz:
– “Tenho muito, meu irmão, que seja seu o que já é seu.”
Ao que Jacob responde:
– “Toma a minha oferenda que enviei a ti, pois fui agraciado por Deus e tenho tudo.”
Podemos perceber que enquanto Esaú diz “ eu tenho muito”, Jacob diz “ eu tenho tudo.” “Muito” é um termo relativo. Quando dizemos “muito” é por que estamos comparando com alguém. Ao contrário, “tudo” é um termo absoluto.
Temos o hábito de nos compararmos aos outros, aos modismos mercantis e isso nos faz sofrer, pois nunca temos o que achamos que deveríamos ter. Estamos constantemente infelizes.
Através deste diálogo bíblico podemos encontrar um caminho mais leve, mais suave e mais feliz de ser. O ensinamento é não medir uma situação em que nos encontramos comparando aos demais. E sim medir nosso bem estar com relação ao que necessitamos.
Podemos assumir esta filosofia de vida e internalizar o conceito de que aquele que está alegre com o que tem, tem tudo que necessita. Assim estaremos focados na direção da felicidade.
Debora Ganc é Terapeuta Sistêmica, Constelações Familiares, Constelações Empresariais. Gestalt e Programação Neurolinguística.
Debora Ganc escreve às quartas-feiras aqui no Universo Jatobá.
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