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Apenas isto

por Debora Ganc

Frequentemente ouço as pessoas dizerem que apesar de saberem que a meditação é muito boa para a mente, o corpo e o espírito,  não encontram tempo para meditar. Pois encontrei nos livros Zen uma forma incrível de integrar a prática da meditação e da consciência em nossas vidas. É simples e explico como é possível.

A única recomendação é fazer uma coisa de cada vez. Comece prestando atenção  no que estiver fazendo. Para facilitar  concentre-se em uma  única tarefa de cada vez. Quando estiver dirigindo, não escute o rádio nem ouça música. Concentre-se no camino, limpe a sua mente e, na medida do possível, sorria. Já estará meditando!

Quando estiver escutando música, escute a música, não aproveite para ler ou comer. Já estará meditando! Quando estiver se banhando, sinta a água envolvendo seu corpo, quando estiver tomando sol, sinta seu abraço quentinho. Quando estiver andando, sinta o solo sob os seus pés. Já estará meditando!

Ao se sentar diante de um prato de comida lembre-se do prazer de comer. Sinta aquilo que come e entre em contato  por inteiro com a motivação de estar ali comendo, as sensações, as cores, os aromas.

Fique atento ao comer da mesma forma como se fica atento ao andar ou respirar. Comer é um ato tão importante quanto respirar. Respiramos uma inspiração de cada vez, damos um passo de cada vez, uma mordida por vez. Coloque seu foco no presente e vivencie de maneira plena “apenas isto”, o momento tal como ele é. Aqui e agora.

Há uma história de dois monges zen que se encontraram  à beira de um rio. Eles logo verificaram que eram de monastérios vizinhos e cada um mostrou curiosidade quanto  à natureza do mestre do outro. Um dos monges diz: “Meu mestre  é o maior de todos. Ele pode voar, pode caminhar sobre a  água, pode ficar sem respirar por vinte minutos!”

O outro balança a cabeça lentamente e sorri dizendo: “Oh, seu mestre  é de fato notável. Mas o meu  é ainda mais: quando ele anda, ele apenas anda. Quando ele fala, ele apenas fala. Quando ele come, ele apenas come”.

Um dos mestre tinha “poderes” mas o outro tinha poder. Os poderes são desejados somente por aquela parte de nosso interior que se sente impotente. Considerando o tamanho respeitável do labirinto do ego, para a maioria, “os poderes” são armadilhas.

Extraordinário mesmo  é estar presente em nossa vida e ser capaz de se abrir para o momento, acumulando percepção, compaixão e gratidão como preciosidades. Sem contar que fazer uma coisa por vez nos ajuda a manter a atenção e a memória.

Vivencie, a cada instante, seu corpo, sua respiração, seus  estados mentais. Viva “apenas UM isto” de cada vez. Será o bastante para ter cumprido a sua prática da meditação do dia.

Inspirado no livro Meditações Dirigidas, Stephen Levine

 

Debora Ganc é Terapeuta Sistêmica, Constelações Familiares, Constelações Empresariais. Gestalt e Programação Neurolinguística.

Debora Ganc escreve às quartas-feiras aqui no Universo Jatobá.

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