pensamento

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional

por Giuliana Baretta

No último mês, tenho me atentado de como é importante lembrar que à medida que os seres humanos passam pela vida, mesmo os mais esclarecidos, terão momentos de altos e baixos. A vida é assim.

Pegue-me como exemplo. Sou coach, treino para pensar e orientar as pessoas a verem a vida com otimismo e foco em solução. Eu deveria saber como controlar meus pensamentos, ser observadora e não ficar presa em histórias em minha mente. Só que isso acontece, acontece comigo, acontece com você.

Recentemente, passei um dia presa em meus próprios pensamentos. Sugeri um exercício para um cliente, onde o convidei para ser seu melhor amigo em vez de seu pior crítico. Mas adivinhem? De alguma forma, lutava para ser meu próprio melhor amigo, por causa de um feedback que eu tinha recebido há pouco tempo. O que me impressionou foi que, enquanto eu apontava os elogios como progresso, eu não estava sendo sincera para aceitá-los, porque fiquei presa ao feedback negativo. O orgulho e confiança que eu sentia foram apagados. E acima de tudo, senti-me hipócrita por sugerir algo que não estava conseguindo realizar.

Passei o dia lutando comigo mesma e pensando muito sobre isso.

No dia seguinte, voltei a atenção a mim e lembrei-me de uma intenção que eu tinha definido recentemente. “Sou uma profissional de sucesso” (a propósito, definir uma intenção funciona). Porque a vida é uma série de altos e baixos, dor, desconforto, medo, seguido por esperança, otimismo e alegria.

OBS: Uma intenção denota propósito. Você está plantando uma semente, um ponto de partida, um lugar de determinação.

Voltando ao meu impasse… Com o pensamento “eu sou hipócrita”, eu retrocedo. Não aceito o encorajamento e não sou realmente agradável àqueles a minha volta. Ficaria isolada e começaria a duvidar de tudo. Mas sem o pensamento, eu posso ver o crescimento. Gosto de conexão com os outros, sinto esperança no futuro. Sem o pensamento, sou capaz de mostrar-me com compaixão e gratidão – pelos outros, mas também por mim.

Tinha uma escolha: recuar e duvidar de mim mesma ou sentir esperança e conexão? Escolhi a esperança, o crescimento e a conexão.

Um cliente recentemente perguntou: “Mas quando termina?”. Não termina. A vida não para. Às vezes as coisas pioram antes de melhorarem. Abrir-se com integridade e vulnerabilidade é um trabalho DIFÍCIL. Permitir-se sentir é um trabalho duro.

Todos nós temos uma escolha. A vida acontece. Sofrimento não é necessário.

Não estou falando para apenas procurarmos o lado bom de tudo, mas oferecendo a ideia de aceitar o que é. Imagine escolher avançar com intuição e intenção. Quanto mais pudermos criar espaço e aceitação em torno de qualquer coisa que nos interessa, sem conectar uma história com ela, melhor podemos responder.

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Pense nisso. Quantas histórias você disse a si mesmo hoje? E se você pudesse pegar a história quando começasse a ser criada? Observe o pensamento, diga o que está pensando e, respire.

Sim, você leu corretamente, eu disse respire. A respiração é a ação mais poderosa que existe para dissipar determinados pensamentos, além disso, gratidão. Observe as coisas grandes e pequenas que você é grato. Combine os dois, e os resultados podem ser mágicos.

Vamos tentar? Feche os olhos, respire profundamente seis vezes. Então, pense em pelo menos três coisas que você é grato hoje. Talvez o sol que esteja iluminando o céu, talvez um colega, familiar ou amigo que sorriu para você com sinceridade.

Altos e baixos são parte da viagem. O truque é ter ferramentas suficientes em seu arsenal para capturar os pensamentos. Reconhecê-los e, talvez, até mesmo fazer amizade com a dor, desconforto, medo e sentimentos.

Giuliana Baretta formou-se bacharel em Administração (Mackenzie). Sempre se considerou uma incentivadora e busca provocar nas pessoas autoconhecimento, equilíbrio e expansão emocional. Formou-se pela Sociedade Brasileira de Coaching, em São Paulo, tornando-se uma Pessoal & Professional Coach. Antes de se dedicar exclusivamente ao Coaching e ao Empreendedorismo, atuou no mundo corporativo, na área de Desenvolvimento Humano, tanto em empresas nacionais como em multinacionais. Com interesse em desenvolver o ser humano em sua forma integral, foca sua atuação em desmistificar crenças limitantes e paradigmas que impactam a forma das pessoas verem o mundo e a si mesmo.

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