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Sua vó sabe o que é o WhatsApp ou facebook? Se a resposta for negativa temos um problema!

por Giana Ramos

A internet e os recursos tecnológicos estão nas nossas vidas em todos os momentos e cada vez mais presentes. Até para tirar dinheiro do caixa eletrônico do banco, se eu não estiver com meu smartphone não consigo, com o celular nós acordamos, pagamos as contas, nos informamos, mantemos contato com nossos familiares e amigos, enfim, passamos o dia inteiro conectados nesse mundo maravilhoso. Mas, existe uma gama de pessoas que ainda não estão inclusas nessa realidade. São os analfabetos digitais.

Segundo o IBGE, 18,4% da população com mais de 50 anos se conecta à internet pelos smartphones, desktops, notebooks ou tablets. Dessa porcentagem, 66% usam diariamente e 45% fazem compras online regularmente. O Facebook é a rede social mais usada entre os idosos, seguido do Linkedin e, em terceiro lugar, o Instagram. O tempo médio que os idosos passam em frente a esses dispositivos é de 53 horas por mês.

O perfil do usuário das redes sociais mudou. Temos um dos ambientes mais suscetíveis às relações humanas onde se encontram deficientes, idosos, pessoas de todas as classes sociais, cores, credos e nacionalidades. Então, porque não deixar esse universo virtual disponível para todos os cidadãos que querem conhecê-lo? Existem diversos centros de estudos que já organizam cursos de informática próprios para a terceira idade. Essa já é uma forma de resolver esse problema, mas as tecnologias assistivas devem fazer parte da nossa realidade.

Temos que pensar nessa população como consumidores e oferecer uma web prática para as suas dificuldades como, por exemplo, declínio visual e dificuldade auditiva. Os sites devem ser intuitivos, facilitando a vida dos mais velhos, além de ser necessário definir diretrizes para construção de páginas acessíveis.

Mesmo com todas essas dificuldades, a geração 3Ts (TROCAR TRICOT PELO TECLADO) tem aumentado. Esses idosos estão tentando diminuir o isolamento social, fazendo atividades de lazer, se aproximando da família, praticando o bom funcionamento cerebral, a coordenação motora e as áreas da mente ligadas à aprendizagem. Essa conduta deixa o risco de doenças como o Alzahmer e as demências senis mais longe. Mas, apesar de todos esses benefícios existem pessoas com mais de 60 anos que têm preconceito ou medo em usar ou aprender sobre as novas tecnologias e vivem distantes desse mundo. Elas ficam receosas em quebrar, ou acham que isso é coisa de jovem. O grande problema é que, cada vez mais, a tecnologia entra na nossa vida e, se não conseguirmos incentivar essa parte na terceira idade, eles serão como os analfabetos de hoje em dia.

Se você conhece algum idoso que não utiliza o computador, ajude-o. Procure um curso que ele possa aprender o básico da informática. Agora, se você já faz parte da terceira idade, não fuça no computador e só está lendo essa matéria porque alguém colocou pra você, comece acessando sites de notícias. Conheça o DEUS GOOGLE, faça um endereço de e-mail pessoal para receber mensagens de seus amigos e, então, parta para o maravilhoso mundo das redes sociais. Esse é o arroz com feijão da tecnologia! Se o interesse for maior, procure um curso de photoshop, ou faça um blog pra você, com certeza haverá muitos acessos.

Dra. Giana Ramos é graduada em fisioterapia (São Camilo – SP), Especialista em ortopedia e traumatologia (Santa Casa – SP), Especialista em Docência no ensino superior (SENAC – SP). Formação em Reeducação Postural Global e Auriculoterapia – (FENAFITO – SP). Professora do curso de formação de cuidadores de idosos (SENAC – SP), empresária do Centro de Atendimento Especializado (CAESP SAÚDE), gestora do programa de qualidade de vida na terceira idade da Vila Maria Zélia – Belenzinho – SP.

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