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Espumantes do Brasil: Qualidade e sofisticação

por Alessandra Esteves

Você já deve ter ouvido sobre a qualidade e a variedade dos espumantes nacionais, correto? Se ainda não ouviu, você não sabe o que está perdendo.

Desde os anos 1970, quando a Chandon resolveu se instalar na Serra Gaúcha para produzir vinhos espumantes, a produção e a qualidade deste vinho tão festivo só cresceu no país. Novas áreas, como Nordeste e Sudeste, e novas técnicas de produção despontaram, com a finalidade de trazer ao consumidor um produto de maior qualidade.

Utilizam-se diversas uvas na produção de espumantes. No Brasil, as mais usadas são Chardonnay, Pinot Noir, Riesling Itálico e Moscato Bianco. Mas ainda assim há uvas como as brancas Viognier e Trebbiano, ou outras uvas tintas, que podem ser usadas pelos produtores.

Para se fazer um espumante é necessário que haja duas fermentações. Na primeira fermentação é feito o vinho base e na segunda fermentação são geradas as bolhas, que mais tarde ficarão dissolvidas no vinho. Para isso, utilizam-se dois métodos: o tradicional, fazendo a segunda fermentação na garrafa e o método Charmat ou tanque, em que a segunda fermentação é feita em tanques pressurizados.

O método Charmat é bem mais rápido, e faz espumantes muito frutados e florais. É também mais barato para o produtor, o que refletirá no preço do espumante para o consumidor final.

O método tradicional ou champenoise (mesmo método do champanhe) vai gerar aromas mais complexos, como pão, brioche e amêndoas, por exemplo. Além disso, o espumante necessita de envelhecimento, o que eleva os custos para o produtor e consumidor. Mas, na minha opinião, também eleva o prazer da degustação.

Algumas dicas de espumantes:

Charmat:

  • Espumante Chandon Brut Rosé: aromas de frutas vermelhas, maçãs e frutas cítricas (limão). Sabores agradáveis e bem equilibrado. R$ 79,90, em diversos sites na internet.
  • Espumante Vallontano Moscatel: é doce na boca, com aromas de uvas, frutas cítricas e flores brancas. Feito pelo método Asti, uma variação do método tanque. Acompanha bem sobremesas. R$ 57,90, Mistral.

 

Método Tradicional:

  • Espumante Cave Geisse Brut: com aromas de frutas cítricas e notas autolíticas (pão, brioche), tem ainda aromas de amêndoas e tostado. É um espumante de ótima qualidade, que fica 24 meses sobre as borras. R$ 79,90, no site do produtor.
  • Espumante Miolo Cuvée Tradition Brut: tem aromas de frutas cítricas, frutas tropicais (abacaxi) e notas de tostado. Na boca é agradável e um bom custo/benefício. R$ 54,99, no site do produtor.

 

Saúde!

Alessandra Esteves é advogada, especialista em vinhos e destilados pela WSET, cursando atualmente o nível 4 nos Estados Unidos, chamado de Diploma. Alessandra tem um Master em Champagne e é autora de três livros de vinhos, “Vinhos da Itália”, “Vinhos da Austrália” e “Opportunities in the Chinese wines and spirits market”. Além dos livros, ela se dedica a gravar Podcasts, Videocasts e vídeos no YouTube, tem um aplicativo para celulares chamado Dama Do Vinho. É também editora do site www.alessandraesteves.com.

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